30 de janeiro de 2009

Letras pequenas

Sei bem que já não tenho a visão doutrora. Sei também que já me vai faltando a faculdade da tolerância e de aceitação dalgumas modernices, mas ...
O que me vai fazendo confusão agora, é a capacidade que alguns crânios têm para dificultar a leitura do amontoado de burocráticos documentos de que somos portadores.
Se olharmos para a Carta de Condução, veremos que o tamanho das letras, apesar de se ler bem, já não serve à maioria dos sexagenários. Depois, temos o Título Único do Registo Automóvel que segue as mesmas pisadas. E por aí adiante.
Outros haverá certamente que agora não lembro, mas o que não entendo é a razão de letras tão pequenas em espaços onde cabiam letras bem maiores. Isso sim, irrita-me solenemente.
Claro que estes dois casos servem apenas de exemplo, já para não falar das letras pequenas da publicidade enganadora, das apólices dos seguros, dos contratos bancários e de todas as artimanhas, que não sendo mentiras, não convém realçar.
Estou a ver mal?

28 de janeiro de 2009

O curioso caso da vida ao contrário


Trata-se duma “estória” onde a vida começa ao contrário.
Notável interpretação de Brad Pitt que começa por nascer velho e morrer novo.
Este filme é um relato de amor impossível, a despertar as consciências mais obtusas.
Uma vida plena de traumas onde a realidade e o sonho se misturam, é também o percurso daquilo que poderia ser a ambição de todos nós. Morrer com saúde.
O Curioso caso de Benjamin Button, é um caso sério de corrida aos Óscares.
A não perder!

Afinal era assim que eu queria o meu fim!


Começo morto e livro-me disso. Depois acordo num lar para a terceira idade.
A seguir sou expulso, por estar demasiadamente saudável. Gozo a minha reforma e recebo a minha pensão de velhice.
Então, quando começo a trabalhar, recebo um relógio em ouro como presente logo no primeiro dia. Trabalho 40 anos, até ser demasiadamente novo para trabalhar.
Vou para o liceu e bebo álcool, vou a festas e sou promíscuo. Depois vou para a escola primária, brinco e não tenho responsabilidades.
Transformo-me então num bébé e passo os últimos 9 meses a flutuar pacifica e luxuosamente, em condições equivalentes a um spa, com ar condicionado, serviço de quartos entregue por cabo e depois...
Acabo num grande orgasmo!

27 de janeiro de 2009

Triângulo das Bermudas


Há uma vintena de anos atrás eu era um leitor atento de acontecimentos enigmáticos e paranormais.
Depois, não que me fartasse do tema, transportava para o meu quotidiano toda aquela amálgama de “estórias” e relatos que me faziam viajar no tempo.
A Atlântida era o meu tema preferido. Dela me lembro todas as vezes que atravesso o Atlântico e já foram muitas.
Dizem os livros que eu leio, que os Açores são os Picos da Atlântida que terá perecido há cerca de dez mil anos.
Eu acredito que aqui mesmo à nossa frente, existe o espírito duma civilização surpreendente que ultrapassa as raias do imaginário.
Encostado à janela do Airbus, fixo o olhar no fim dos nove mil metros que separam o abismo da passarola voadora e penso na veracidade do Triângulo das Bermudas, nos desaparecimentos misteriosos de barcos, aviões, gentes e seus quejandos. Depois, olho os céus sem fim e sinto no rosto um sopro protector de esperança no meu dia que não vai chegar ainda.
Condições meteorológicas adversas e o carácter imprevisível do ser humano ultrapassam as narrativas mais ambiciosas de ficção cientifica – disse alguém um dia!
Atlântida e Bermudas, fora e dentro dum triângulo
!

24 de janeiro de 2009

Ilha da Madeira - com amor

Funchal - Até onde o horizonte deixa!

Às "miúdas" leitoras deste espaço - um bouquet de lindas flores!

Ao Fotociclista - a fonte do seu contentamento!

À Verdinha - Um negócio, no masculino


A Ilha da Madeira era uma lacuna no meu palmarés de viajante. Não conhecia. Aconteceu agora.
Fica assim completa a viagem que fui adiando, em detrimento de outros destinos, por ser aqui tão perto.
Lá como cá, por onde passo encontro sempre algo que me faz lembrar alguém!


22 de janeiro de 2009

Esta noite choveu prata





O repasto das treze adivinhava a ceia da meia noite.
Os tempos idos voltaram e percebeu-se como é difícil dizer adeus. A tarde foi iludida e a noite chegou depressa.
Juntaram-se três vozes dissonantes no mundo e consonantes na vida. Na de outrora, na de agora, na futura, na nossa.
Na Bodeguita de Cascais, não del Medio, os mojitos foram apenas a frescura de gargantas ávidas de palavras fartas. De intenções e de certezas.
Depois, soltaram-se os copos e beberam-se as mentes,
Rachel-Rachel derrubou a barreira que não existia. XL ouviu, ouviu, ouviu, falou, falou! Da revolução russa ao fado que deseja muito.
Bebeu-se Hemingway. Chorou-se Zel.
Em casa de JC tudo existe! Até saudade!
Nada que uma sopa de peixe não resolva.
Até breve, amigos!

19 de janeiro de 2009

Austrália - em casa alheia ...

Em nossa casa mandamos nós

O Primeiro Ministro autraliano disse apenas isto, a propósito de ...


"OS IMIGRANTES NÃO-AUSTRALIANOS, DEVEM ADAPTAR-SE.
É pegar ou largar!

Estou cansado de saber que esta nação se inquieta ao ofendermos certos indivíduos ou a sua cultura. Desde os ataques terroristas em Bali, assistimos a uma subida de patriotismo na maioria do australianos.
A nossa cultura está desenvolvida desde há mais de dois séculos de lutas, de habilidade e de vitórias de milhões de homens e mulheres que procuraram a liberdade.
A nossa língua oficial é o Inglês; não é o Espanhol, o Libanês, o Árabe, o Chinês, o Japonês, ou qualquer outra língua. Por conseguinte, se desejam fazer parte da nossa sociedade, aprendam a nossa língua!
A maior parte do australianos crê em Deus. Não se trata de uma obrigação cristã, de influência da direita ou pressão política, mas é um facto, porque homens e mulheres fundaram esta nação sobre princípios cristãos, e isso é ensinado oficialmente. É perfeitamente adequado afixá-lo sobre os muros das nossas escolas. Se Deus vos ofende, sugiro-vos então que encarem outra parte do mundo como o vosso país de acolhimento, porque Deus faz parte da nossa cultura.
Nós aceitaremos as vossas crenças sem fazer perguntas. Tudo o que vos pedimos é que aceitem as nossas e vivam em harmonia e em paz connosco.
ESTE É O NOSSO PAÍS, A NOSSA TERRA E O NOSSO ESTILO DE VIDA. E oferecemos-vos a oportunidade de aproveitar tudo isto. Mas se vocês têem muitas razões de queixa, se estão fartos da nossa bandeira, do nosso compromisso, das nossas crenças cristãs, ou do nosso estilo de vida, incentivo-os fortemente a tirarem partido de uma outra grande liberdade autraliana: O DIREITO de PARTIR. Se não são felizes aqui, então PARTAM.
Não vos forçámos a vir para aqui. Vocês pediram para vir para cá. Então, aceitem o país que vos aceitou".

17 de janeiro de 2009

Cuidado

Às vezes - há "amigos"??? que passam as marcas do razoável. Sem razão!

Sei bem que toda e qualquer forma de desabafo e crítica que se possa fazer num blogue estará sempre sujeita a um comentário (se o blogue o permitir). No caso do Às Vezes - fim de semana, nunca tinha aparecido qualquer comentário jocoso ou ordinário. Aconteceu agora.
Não pretendo que isto seja uma feira de vaidades e aceito qualquer tipo de crítica, o que não posso aceitar é que aqui, entre uma rodada de amigos, e a coberto dum anonimato enganador, sejam escritas ordinarices que não estão inseridas em anedotas ou noutro qualquer contexto que não o de agora.
Apenas quero dar uma hipótese ao comentador anónimo de o não voltar a fazer. Eu sei quem é. O comentador é que não sabe como é que se sabe quem comenta. Se o soubesse não teria cometido os deslizes que tem cometido no Pessoal da Porcalhota! É mais honesto dizê-lo nos olhos e identificar-se.
Cuidado! Ficamos assim,!

14 de janeiro de 2009

Aqui ao lado - tão longe!


Quando dei os primeiros passos neste blogue, há quase dois anos, ele era apenas um cantinho de desabafos, apenas susceptível de ser lido por meia dúzia de amigos. Não tinha nem tem qualquer pretensão de ser mais abrangente que isso.
Já aqui conheci pessoas muito interessantes e outras conhecerei em breve, sem que tivesse havido obrigatoriedade de conhecimento pessoal, como é óbvio. Mas … acaba sempre por acontecer, por um motivo ou outro. E por detrás de cada mulher encontrei maridos compinchas que muito me agradou conhecer (David-Isabel e Jacques-Cristina).
Foi assim que conheci a Isabel de Vila da Feira, a Maria das Caldas, a Spuk do Brasil e a Cristina da Bélgica. Depois vieram outras(os) e o horizonte geográfico alargou-se.
Do Estoril a Braga, de Odivelas a Arouca, da Parede a Pernambuco, de Castelo Branco a Rouen e de Genéve a Bruxelas alguma cumplicidade aconteceu e criaram-se novos amigos, mesmo que alguma virtualidade lhes seja imputada.
Misturaram-se sabores africanos, alguns salpicados de “petits fours” parisienses e criaram-se empatias, não olhando a credos nem a culturas. Cada um é o que é, e ou assim se aceita ou se renega à partida, tão sem segredos é.
Bem prega Frei Tomás quando assim diz e assim não faz, mas desculpem lá os desabafos que nem sempre a todos agradam.
Também eu “só sei que nada sei”, nada mais que isso e desculpem-me aqueles a quem eventualmente puder não agradar.
Até já, gentes das minhas terras!

12 de janeiro de 2009

Yakustk - Sempre fria






... a propósito de frio

Yakutsk é o nome da cidade mais fria do mundo: Sabias da sua existência? Nem eu!
Para quem reclama do frio, a 5°C negativos o frio pode ser refrescante. A 20°C negativos a humidade no nariz congela e fica difícil não tossir. A 35°C negativos a pele exposta ao ar fica dormente e a necrose é um risco. E a menos 45°C até usar óculos fica complicado. O metal gruda no rosto e nas orelhas e rasga pedaços da pele quando se decide tirá-los.

Yakutsk é uma cidade remota na Sibéria Oriental (população: 800 mil), famosa por aparecer no clássico jogo de tabuleiro Risk e por deter a fama de ser a cidade mais fria da Terra. Em Janeiro a média fica em torno de 40°C negativos.
Não há comboio para Yakutsk. Outras opções são uma viagem de 1,6 mil quilômetros de barco subindo o rio Lena, nos poucos meses do ano em que ele não está congelado, ou então a 'estrada dos Ossos', uma estrada de 2 mil quilômetros construída por prisioneiros do Goulag (o sistema penal soviético).
Lenine e Staline foram dois dos presos politicos exilados em Yakutsk.
A região é rica em ouro e diamantes, razão pela qual os soviéticos decidiram transformar Yakutsk num importante centro regional, primeiro com o sistema de trabalho forçado do Gulag, depois colonizando a região com milhares de voluntários em busca de aventura, melhores salários e a chance de construir o socialismo no gelo.
No mercado, cheio de gente vende-se peixe, porcos e coração de cavalo, tudo congelado. "É claro que faz frio, mas a gente acostuma-se", diz Nina, uma yakut que passa oito horas por dia de pé na sua banca de peixes.
Os seres humanos acostumam-se com qualquer coisa!

Extrato duma viagem feita por alguém, que não eu, à cidade mais fria do mundo.

11 de janeiro de 2009

Almoço anual 2009





E já vamos no trigésimo sétimo ano em que no segundo sábado de Janeiro acontece uma almoçarada com amigos de infância.
O pessoal apenas sabe que tem de aparecer por volta das 9 horas e depois deixar-se conduzir até ao local do repasto. Pode ser a 3 ou a 300 quilómetros.
Este ano aconteceu no Restaurante O Primeiro, alugado só para nós, junto ao Campo Pequeno
Por acaso um de nós até fazia anos. Parabéns Avô Cantigas (mesmo ao centro da foto).
Depois, um fantástico bacalhau assado no forno com batatas a murro, grelos salteados e polvilhado com broa, fez as delícias cá do pessoal (16 no total).
Vinte e uma garrafas de Monte Velho e uma litrada de uisque, fizeram a malta voltar às canções que sempre se repetem. Em grande momento esteve o XL e o seu Fado Falado. É de ouvir e chorar por mais.
A meio da tarde, um caldo verde e uns folhados de carne, colmataram alguma lacuna que ainda houvesse nos estômagos ávidos já do próximo.
Eram já quase 20 horas quando terminou o almoço e todos perceberam por que motivo tiveram de ir e vir de metroplitano.
Em 9 de Janeiro de 2010 há mais!
Para os que não puderam comparecer, fica a cumplicidade costumeira

9 de janeiro de 2009

Amanhã


Às vezes - já o fiz trinta e sete Janeiros, reúno-me com amigos de infância!
Às vezes - há amigos que não podem vir!
Às vezes - há amigos que não querem vir!
Às vezes - há amigos que gostavam de vir!
Às vezes - há amigos que fazem tudo para vir!
Às vezes - amanhã vai nevar nos poucos cabelos nossos e chover no coração!
Em 09 de Janeiro de 2008 foi assim.

7 de janeiro de 2009

Cristãos e Muçulmanos


Eis uma, entre muitas, das diferenças entre cristãos e islâmicos.
Os primeiros, num ataque de ternura
Os segundos, num bombardear de revolta.
No meio, estão os inocentes que morrem ao primeiro minuto de cada ódio.

Inch'Allah!

5 de janeiro de 2009

Meca - centro do mundo







Meca - local sagrado que todo o muçulmano deve visitar uma vez na vida!
Meca - local onde todos os corpos se curvam ao Seu Omnipotente!
Meca - local onde não se aceitam outros credos!
Meca - local para onde se me vira o olhar e … chora o coração!

4 de janeiro de 2009

O órgão


(Este ano estou a safar-me muito bem. Por enquanto ainda não me constipei)

Uma tarde, D. Beatriz convidou o novo padre da Igreja para ir lanchar a sua casa e ele ficou sentado no sofá, enquanto ela foi preparar um chá. Olhando para cima do órgão, o jovem padre reparou numa jarra de vidro com água e, lá dentro, boiava um preservativo.
Quando a D. Beatriz voltou com o chá e as torradas, o padre não resistiu a tirar a sua curiosidade perguntando o porquê de tal decoração em cima do órgão. E responde ela apontando para a jarra: 'Ah! refere-se a isto? Maravilhoso, não é? Há uns meses atrás, ia eu a passear pelo parque, quando encontrei este pacotinho no chão.
As indicações diziam para colocar no órgão, manter húmido e que assim ficava prevenida contra todas as doenças. E sabe uma coisa?
Este Inverno ainda não me constipei!

1 de janeiro de 2009

Idolos de amanhã


Ontem à noite, quando 2008 adormecia, tive curiosidade em ver e ouvir a miudagem que cantava na final da TVI – Uma Canção para Ti!
Adoro ver quase todos os programas de crianças onde em qualquer meio palmo de gente se esconde uma potencial sumidade, mas valha-me Santa Engrácia!
Afinal o que é que se pretendia? Descobrir uma nova voz ou descobrir uma multifacetada voz?
Uns melhor que outros mas na sua generalidade com vozes e estilos já mais ou menos definidos não podem servir de cobaias nas horas mortas.
Sei bem que a TVI precisava de nos entreter durante umas horas, mas obrigar os miúdos a cantar Represas, a baladarem Mafalda Veiga e a vomitar bacoradas de rap (não sabe nadar) não lembra à produção mais criteriosa do globo.
Apesar de ter gostado de todos, mesmo os eliminados, nenhum dos miúdos me pareceu polivalente. Cada um tinha o seu estilo e “mai’nada”.
Ficaram-me no goto o “Joselito” e a Beatriz.
Parabéns ídolos de amanhã!