31 de agosto de 2008

Adeus Agosto


Acabaram as férias! Acabou Agosto!
Tudo acaba um dia. Até o Setembro que vai chegar.
Brindo aos amigos que privaram comigo.
Brindo aos que se lembraram de mim.
Brindo àqueles de quem gosto muito.
Brindo aos que por aqui passam.
E ... brindo ao mundo dos sonhos que não desisto.

Grato, aos que gostam de mim!

28 de agosto de 2008

Blog a duas mãos


Às vezes – não me conheço
Às vezes – falta-me o que não tenho
Outras – sussurram-me salmos ininteligíveis em dialectos de ternura.
Outras ainda – uma mão amiga sobrepõe-se aos dias que vão chegar.
Às vezes - confundo a chegada com a partida.
Às vezes – uma radiosa manhã, é também uma tarde sombria
Kim

Às vezes – também te entendo
Às vezes -também me perco
Outras , encontro-me e também te encontro
Entrelaçado no fim do arco-íris
Como hoje!
A minha amizade estará onde sempre quiseres
Isabel

20 de agosto de 2008

Praia chinesa





Nunca ninguém está contente com o espaço que tem.
Ao ver estas fotos, fico bem contente com este pequeno rectângulo português.
Grandes naus, grandes tormentos.
Acontece na China e até fico com os olhos em bico.



17 de agosto de 2008

Brisa do Norte


Há um girassol à minha espera!

Há um mar, uma serra, um campo, uma flor, uma amiga, um sabor.

Há o tempo que se vive, aquele que se não dorme, a paz que chega um dia, a brisa do vento norte.

14 de agosto de 2008

Eu entendo João


Não há homens de pouca fé! Há homens!
Da fé, a minha, a dos outros, espera-se um retorno espiritual.
Disse-lhe o que pensava. Não respondeu.
A sombra do báculo tombou sobre mim e entendi!
Haverá amanhã!

12 de agosto de 2008

Há mar


Há mar e ...

Há ir e ... voltar!

9 de agosto de 2008

Porquê Hiroxima?


Não costumo abordar problemas políticos, mas ultimamente tenho andado saído da casca e tem vindo a talhe de foice um ou outro caso pontual. Umas vezes, porque tenho alguma “estória” para contar. Outras porque se trata dum acontecimento esporádico e que por algum motivo me leva a expressar aqui a minha revolta.
Hoje achei oportuno lembrar a quem eventualmente não saiba o porquê da bomba de Hiroxima e não só.
Pois bem, a 07 de Dezembro de 1941, o Japão ataca de surpresa uma base aérea americana no Hawaii. Estive lá há poucos anos e a brisa sabia a massacre. Senti-me no meio da história e impotente para a alterar. A Baía de Pearl Harbor estava decorada de tragédia. Submarinos e barcos afundados e ainda um memorial aos dois mil e quinhentos soldados mortos, lembravam o que o mundo não devia esquecer.
Este ataque viria a provocar a entrada dos estados Unidos na Segunda Guerra Mundial
Como retaliação e vingança, a América lançou então duas bombas atómicas, uma em Hiroxima outra em Nagasaki, provocando a capitulação do país do sol nascente. E ficou-se por ali porque mais bombas não havia. Pouco tempo depois, a guerra adormeceu..
Não sou de rancores nem adepto da pena de Talião, mas percebi melhor o lançamento das bombas sobre o Japão. Percebi, mas não entendo. Pena é que, os cento e cinquenta mil inocentes mortos, mais os que se lhe seguiram, não tivessem tido tempo de dizer que nada tinham a ver com a contenda.
O homem sonha, o ódio quer, a morte chega!

6 de agosto de 2008

Hiroxima - nunca mais


Este foi a única estrutura metálica, hoje simbolo da paz, que resistiu à bomba de Hiroxima



A semente desta pequena àrvore conseguiu sobreviver à bomba de Nagasaki e encontra-se hoje, na Quinta da Bacalhoa em Azeitão.
Vi ali o renascer da vida!

4 de agosto de 2008

Delfos - A coroa de louros


Era um dia de glória.
Estava no sopé do Monte Parnaso, algures na Grécia.
Reza a lenda que o deus Apolo terá largado duas águias em sentido contrário e estas, ao voltarem a encontrar-se, terão deixado cair uma pedra, com sinais estranhos, no Monte Parnaso, no lugar de Delfos.
Concluíram então, ser ali o umbigo do mundo.
Na curiosidade de mexer na história, acariciei extasiado tal pedra, onde as águias terão pousado.
Ali perto, numa cova funda, das profundezas saíam gases que faziam a pitonisa entrar em transe e dizer coisas imperceptíveis, mas que os homens julgavam entender. Ouvia-se o oráculo e entendia-se como se queria ou convinha, já que este acertava sempre.
Ali jazia a antiga cidade de Delfos. Dela, restam apenas ruínas de templos, com Apolo na primeira fila e a pista onde se realizaram os primeiros jogos olímpicos da Grécia Antiga, por sinal a mais bem conservada.
Depois, corri nela, equipado como outrora outros o não fizeram (corriam nus) e ganhei a visão duns olhos que às vezes não querem ver.
No anfiteatro, palco de artes e literatura dos Jogos Píticos, descansei numa escaldante e polida bancada de pedra e revi-me no teatro da vida.
Cinquenta e um graus à torreira do sol, não me impediram de trilhar os caminhos que me estavam a levar ao Olimpo.
Ao longe, a montanha recortada nos céus, revelava a silhueta adormecida de Agamémnon, esperando por mim, nos picos do Peloponeso.
Os Deuses eram muitos e havia preces para todos.

1 de agosto de 2008

China - O despertar do gigante


Mil e trezentos milhões de habitantes é um número com muitos zeros. Tantos quanto eu gostaria de ver na minha conta bancária, mas isso é um sonho burguês.
Este post seria apresentado doutra maneira se eu não me quisesse dirigir em especial a alguém que está (e muito bem) preocupado com a exploração do homem pelo homem - o meu amigo Seve.
Pois bem, estas formigas chinocas são afinal o sumo duma sociedade cheia de parcimónias, num laborar de sol a sol presenteado com meia dúzia de chávenas de arroz.
Não costumo olhar para estas coisas com olhar de déspota reaccionário pois se há coisas que me incomodam no mundo, uma delas é exactamente a desigualdade entre dois seres. Pois bem, vem isto a propósito dum artigo sobre os Jogos Olímpicos de 2008 a iniciar dentro de dias na República Popular da China, que li na revista do expresso de 26 de Julho passado. Dela realço apenas alguns parágrafos que passo a transcrever.
A China tornou-se na sociedade mais dinâmica do mundo.
O que leva duzentos anos a urbanizar na Europa, leva vinte anos na China.
Nada tão rápido foi feito noutro país. Só uma ditadura com os recursos humanos e industriais da China conseguiria isto.
Nas livrarias ainda há quem folhei Mao, mas o que se vende são mapas turísticos.
A maioria trabalha mais de dez horas por dia, sem contrato nem seguro de saúde.
Os salários são pagos com atraso e as horas extraordinárias nem são pagas.
Alguns do trabalhadores não chegam a ganhar dois euros por dia, muito abaixo do salário mínimo nacional (setenta e três euros)
Em toda a China o número de trabalhadores migrantes é de duzentos milhões.
Cinquenta e cinco por cento dos trabalhadores não tem mais de dois dias de folga por mês.
A nova prioridade do Partido comunista adoptada em 2006 é a construção duma sociedade harmoniosa.
Pensávamos que o socialismo resolveria as contradições básicas do capitalismo, mas não só as eliminou como também gerou outras. Entre o partido e o povo, há contradições e as diferenças sociais agudizaram-se.
E … Pequim é a terceira cidade da China com melhor nível de vida.
Talvez seja esta a mesma escravatura que ergueu as babilónicas torres do Dubai, e que não agradaram ao Seve.
Explorados de todo o mundo – não se iludam com os falsos profetas do socialismo ou capitalismo, pois a diferença não é nenhuma. É que, Pequim é hoje uma estufa de cogumelos burgueses absorvendo os pecados do ocidente, deixando para trás a lembrança duma ex-aldeia recheada de pagodes.
Ou Mao falhou ou a verdadeira revolução está em marcha.

Calculo o tamanho da fila para comprar um gelado.